segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pesquisa mostra que o sinal de torres de celular pode prejudicar colônias de abelhas

Torre de celular realmente é um problema. Como se já não bastasse o medo de que elas provocam câncer, o que, de fato, pode vir a acontecer caso a potência esteja acima do permitido, uma recente pesquisa relacionou a diminuição na população de abelhas em uma região de Kerala, na Índia, com o sinal emitido por uma torre de telefonia celular instalada no local.

Segundo reportagem publicada na revista de tecnologia Physorg, os estudos mostraram que a população local de abelha diminuiu depois que companhias de telefonia celular instalaram suas torres na região. A conclusão foi que as ondas eletromagnéticas prejudicaram a navegação das abelhas operárias, que se perdiam na volta à colméia depois da coleta de pólen.

Os próprios cientistas trataram de não parecer alarmistas e disseram que os estudos precisam ser aprimorados. Mas ressaltaram que as abelhas, importantes polinizadoras e vitais para o meio ambiente, já estão numa situação vulnerável devido à poluição e que, por isso, esse novo risco não deveria ser ignorado.
Fonte: http://virgula.uol.com.br/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Estudo mostra que gripe A é mais letal do que gripe comum

A taxa de mortalidade da gripe A é pelo menos duas a três vezes superior à da sazonal. Outro dado é que quase a metade das vítimas já sofria de outras doenças antes de serem contaminadas pelo vírus.

A avaliação foi conduzida por cientistas franceses e divulgada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, que acaba de concluir o primeiro perfil completo da nova doença, quatro meses depois da eclosão dos casos nos Estados Unidos e no México. O centro é uma agência da União Européia criada com o objetivo de reforçar as defesas da continente contra as doenças infecciosas.

Apesar de ser mais virulenta do que a sazonal, a gripe A ainda é mais branda do que o vírus que gerou a gripe espanhola em 1918 e que matou 40 milhões de pessoas no mundo, conforme estimativas. Segundo o estudo, de cada mil pessoas contaminadas, entre quatro e seis não resistem ao vírus H1N1. Isso representaria uma letalidade de 0,4% a 0,6%. Já na gripe espanhola, a taxa de letalidade era 10 vezes maior à da gripe A.

O perfil ainda mostra que mais da metade dos casos de mortes – 51% – ocorreram com pessoas entre 20 e 49 anos e que os grupos afetados não são os mesmos vulneráveis à gripe sazonal. Quarenta e nove por cento dos mortos já sofriam de outros problemas de saúde antes de ser contaminados.

A avaliação foi feita em julho com dados de 28 países de todo o mundo, inclusive com os casos registrados no Brasil. A variação entre continentes, porém, é considerada significativa. Em alguns países, a taxa foi superior à média mundial. No México, ela chegou a 6% nos três primeiros meses. Na Argentina, foi de 4,5% entre maio e julho.

Uma das conclusões é a comprovação de que diabéticos e obesos têm mais chances de não sobreviver ao vírus. O que o estudo também revela é que nem crianças nem idosos estão entre os grupos de maior risco, como foi inicialmente indicado. Apenas 12% dos mortos até agora tinham mais de 60 anos. Noventa por cento dos óbitos gerados pela gripe sazonal ocorrem em pessoas com mais de 65 anos. Por ano, entre 250 mil e 500 mil pessoas morrem no mundo de gripe comum.

Uma das teorias avaliadas pelo estudo é de que os mais idosos estariam mais protegidos porque, no passado, podem ter sido expostos a um vírus parecido ao H1N1 ou a uma versão mais leve do mesmo vírus. A estimativa é de que as pessoas que nasceram antes de 1957 podem ter desenvolvido uma resistência a um vírus que se desenvolveu após a gripe espanhola, em 1918. Mas o perfil ainda mostra que, quando idosos são contaminados pelo vírus H1N1, a taxa de mortalidade é alta.

O estudo também indica a necessidade de proteger mulheres grávidas. Nesta semana, a Comissão Europeia divulgou sua estratégia de vacinação, que deve começar já em meados de setembro. Gestantes, médicos e enfermeiras e pessoas com problemas de saúde devem ser os primeiros a receber a vacina. A UE admite, porém, que será “improvável” que haja vacinas para todos em um primeiro momento.

– Será necessário definir prioridades – disse.